Depressão – A nossa vontade sobreposta à “vontade de Deus”
A depressão leva muitas vezes ao suicídio. Ao suicídio físico algumas vezes, mas é sempre um suicídio na desistência, na incompatibilidade entre a existência e a indiferença.
Ser-se indiferente à vida é suicídio na mesma.
Pode não parecer, até porque o “corpo físico” vegeta por aí, animado entre uns ténis de marca e uns copos pela madrugada fora até raiar o dia, mas a degradação “espiritual” é um suicídio como outro qualquer…. como a depressão….
Sim, a depressão é um suicídio lento e muitas vezes controlado por medicamentos que mais não são que o prolongamento de um estado de “dormência espiritual” cada vez mais colectivo e aceitável.
Sempre ouvimos dizer que os suicidas não são bem vistos em qualquer religião. Porque será?
A nossa vontade sobreposta à “vontade de Deus”?
Que grande contra-senso …
Nem as religiões sabem funcionar bem com esta ideia, já se perguntaram porquê?
A ideia de que, quem se suicida, não vai para o céu pode estar ligada à ideia de que, cada vez mais, pessoas verão no suicídio a fuga duma existência sem sentido.
Quando é que a vida deixa de “fazer sentido”?
Como é que a depressão ganha à existência?
O “não vale a pena” mascara-se de desânimo e cansaço e a irritação afecta quem, na azáfama diária, não entende tal letargia.