Há pessoas que não gostam de mim! E isso deixa-me triste. Por elas, evidentemente!
Não sabem a oportunidade que perdem por não terem o privilégio de poder conviver com alguém como eu.
Sei que sou uma afronta para homens e mulheres, de modo diferente, mas não deixa de ser afronta…..
A minha frontalidade, força, determinação ou como muitos dizem “mania que sei tudo” que gostam de adjectivar de arrogância é realmente um obstáculo que muita gente tem dificuldade em transpor quando pretende conviver comigo.
Nas amizades, torna-se uma mais-valia porque apenas fica quem vale a pena e a seleção faz-se naturalmente.
Sei que é muito difícil gostar de mim quando não se gosta de si próprio.
Compreendo perfeitamente e aceito com naturalidade, aliás, acontece-me o mesmo.
É-me muito difícil conviver com pessoas ……. pobres. (foi-me tão difícil encontrar a palavra).
“Pobre” é todo aquele que é incapaz de deixar que o seu Espírito se manifeste.
Esta é a minha definição de “pobre” e, vá-se lá saber porquê, eles afastam-se sem esforço do meu caminho (terão as suas razões). Somos um Espírito que precisa de um corpo físico para se manifestar.
Isto é tudo o que Somos ou o que cada um de nós É.
Quando nos interrogamos sobre quem somos e não conseguimos chegar a esta conclusão, devíamos perceber que está tudo errado com o que pensamos.
Basicamente está errado apenas porque pensamos e o Espírito não se encontra no pensamento.
Formatados desde tenra idade com ideais impostos em “palavras-chaves” castradoras, crescemos com pré-conceitos estabelecidos: – de quem gostas mais, do pai ou da mãe? – o que queres ser quando cresceres? – não percebes que se não fores bom aluno, serás um “zé-ninguém”?
Exemplos de questões com que bombardeamos os nossos filhos ou os filhos dos outros, apenas porque são crianças, adolescentes ou jovens adultos.
Fomentamos a dúvida e a divisão dos afectos, reduzimos, assim, o Amor a uma necessidade emocional de cada vez que impomos a escolha (entre os progenitores).
Assim como reduzimos o Amor a uma necessidade racional sempre que o nosso ideal de vida é transformado em profissão ideal. E, não deixa de ser ainda mais diabólico quando reduzimos o nosso Amor-próprio a uma comparação eletiva de um estatuto redutor.
Formatação é a palavra usada num mundo onde a Matrix impera.
O Pensamento é sobrevalorizado ao Sentimento e mesmo à Emoção. Pensamos e criamos dogmas. Delineamos os caminhos e focamos objectivos. Usamos a razão como pedestal e seguimos cegos com os olhos postos no fim.
E é dessa pobreza que falo, duma pobreza, muitas vezes vestida de Prada ou Boss, adornada de Rolex e transportada em Ferraris, duma pobreza invejada por muitos. Duma pobreza que cultua os bens materiais e reduz os sentimentos à adulação.
Há pessoas que não gostam de mim!
E sinto pena… Pobres Espíritos escravizados em prisões de Ego.
Texto da autoria de Ana Paula Claro